A saga da ausência de água no edifício Várzea Park, no Funchal, já vai no quarto dia consecutivo e os moradores continuam sem qualquer previsão de resolução.
Um problema grave que afeta centenas de famílias
Com cerca de 271 apartamentos, o edifício Várzea Park encontra-se, desde a passada sexta-feira, sem abastecimento de água canalizada. O problema, que deveria ter sido resolvido ainda no final da semana passada, mantém-se sem solução e sem qualquer esclarecimento oficial por parte da administração do condomínio.
Contradições e falta de transparência
Segundo informações fornecidas pela própria administração, teria sido enviado um técnico especializado na sexta-feira para resolver a avaria. No entanto, um dos moradores, que alegadamente esteve em contacto direto com a administração, desmente esta versão. Afirma que a empresa que poderia resolver o problema nem sequer foi contactada, por ser considerada demasiado cara.
Estas alegadas contradições lançam dúvidas sobre o real empenho da administração na resolução do problema, deixando os residentes entregues à sua sorte e à solidariedade externa.
Bombeiros têm sido o único apoio
Face à falta total de água e à ausência de resposta institucional, têm sido os bombeiros a socorrer os moradores, fornecendo água para necessidades básicas. Esta assistência tem sido vital, especialmente para famílias com crianças, idosos e pessoas com mobilidade reduzida.
Segunda-feira sem água e sem respostas
Hoje, segunda-feira, continua o silêncio absoluto por parte da administração do condomínio. Nenhuma comunicação oficial foi emitida aos residentes. As pessoas não sabem se o técnico supostamente enviado está de facto a trabalhar no problema ou se terão água a correr nas suas torneiras nas próximas horas.
Moradores relatam um crescente sentimento de frustração, angústia e abandono, pois vivem numa realidade impensável em pleno século XXI: quatro dias sem água corrente num edifício moderno e habitado por centenas de pessoas.
Água: um direito essencial e inegociável
Estamos a falar de um bem essencial à vida. Os moradores do Várzea Park continuam a pagar mensalmente os seus consumos de água e os respetivos impostos, como o IMI, esperando em troca condições mínimas de dignidade.
Perante este cenário, levanta-se uma questão de responsabilidade moral e ética: quem deve responder por esta falha grave na gestão do edifício? Até quando terão os moradores de suportar esta situação insustentável?
Urgência na intervenção das autoridades competentes
É urgente que a Câmara Municipal do Funchal, bem como outras entidades competentes, sejam informadas da gravidade do caso. A pressão pública pode ser a única forma de acelerar uma solução eficaz.
Enquanto isso, os residentes do Várzea Park continuam a viver com o mínimo dos mínimos, à espera de um gesto concreto de quem tem o dever de agir.
Água é vida. E neste momento, a vida no Várzea Park está suspensa.
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