Nuno Guerreiro, uma das vozes mais marcantes da música portuguesa dos anos 90, faleceu esta sexta-feira em Lisboa, aos 52 anos, vítima de uma infeção grave.
Uma perda irreparável para a cultura portuguesa
Portugal despede-se hoje de um dos seus mais icónicos intérpretes. Nuno Guerreiro, nascido em Loulé em 1972, ficou conhecido como o vocalista do grupo Ala dos Namorados, que imortalizou canções como “Solta-se o Beijo”, “Fim do Mundo” e “Loucos de Lisboa”. O artista morreu esta sexta-feira, pelas 14h21, no Hospital de São Francisco Xavier, em Lisboa, onde se encontrava internado desde quarta-feira.
Carreira e legado musical
Com uma voz única, de timbre inconfundível e capacidade expressiva notável, Nuno Guerreiro destacou-se num panorama musical dominado por padrões convencionais. A sua carreira despontou na década de 1990, com a formação da banda Ala dos Namorados, tornando-se rapidamente uma referência da música nacional. A canção “Solta-se o Beijo” tornou-se um hino da época, atravessando gerações e mantendo-se viva na memória coletiva dos portugueses.
Loulé em choque com a notícia
Foi o próprio presidente da Câmara Municipal de Loulé, Vítor Aleixo, quem avançou com a notícia nas redes sociais: “Morreu Nuno Guerreiro. Estamos destroçados. A Câmara Municipal de Loulé emitirá um comunicado nas próximas horas”.
O Cineteatro Louletano, onde o artista colaborava na área de produção, confirmou também a notícia da morte, manifestando profundo pesar.
Mensagens de pesar e homenagens
As reações não tardaram a surgir. A Banda da Sociedade Filarmónica Artistas de Minerva de Loulé expressou-se com emoção: “Não queremos acreditar. Depois de momentos tão bons que passaste com a nossa filarmónica. Descansa em paz, Grande Nuno. Como fazias questão de dizer: Eu sou um Guerreiro. Nunca te esqueceremos.”
Também o maestro Rui Massena lamentou a partida do amigo, numa homenagem tocante publicada no Instagram: “Partiu um amigo, com uma voz excepcional. Nasceu cedo demais para um país conservador e com pouca escala artística. O Nuno foi uma pessoa livre, e um dos melhores seres humanos que conheci. Até sempre.”
Uma vida feita de coragem e autenticidade
“Eu sou um Guerreiro” — assim se definia o cantor. Nuno Guerreiro foi mais do que um artista; foi um símbolo de coragem, sensibilidade e autenticidade num país em transição. Ao longo da sua vida, enfrentou desafios com determinação, conquistando o carinho do público e o respeito da crítica.
Portugal despede-se de um Guerreiro
Com a sua partida, Portugal perde uma das suas vozes mais queridas e distintas. O legado de Nuno Guerreiro perdurará nas suas canções e no coração de todos os que com ele se emocionaram. A sua música continuará a ecoar como um tributo eterno a uma vida dedicada à arte e ao sentimento.
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