Queixa apresentada no Tribunal Judicial
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Escritório, Comércio e Serviços da Madeira (SITAM), Ivo Silva, compareceu hoje no Tribunal Judicial para formalizar uma queixa contra a empresa Jerónimo Martins, junto do Ministério Público. O sindicato alega que as trabalhadoras foram dispensadas de forma injusta e exige uma revisão do caso.
Segundo o SITAM, a empresa deve responder pelas acusações de despedimento sem justa causa, uma vez que as trabalhadoras não tiveram direito a uma defesa adequada antes da decisão final. O caso levanta questões sobre os direitos laborais e a necessidade de maior proteção dos funcionários no setor do comércio.
Funcionárias demitidas por alegado furto
O caso envolve a demissão de 18 trabalhadoras do Pingo Doce de Santo António, conforme noticiado em primeira mão pelo JM. O SITAM representa 11 das 18 demitidas, exigindo não apenas a sua reintegração, mas também o pagamento de uma indemnização de 50.000 euros por danos morais.
Os despedimentos ocorreram sob a alegação de furto, mas até ao momento, não foram apresentadas provas concretas que justifiquem tal acusação. Os advogados das trabalhadoras argumentam que o processo disciplinar foi conduzido de forma arbitrária e que as ex-funcionárias foram vítimas de um erro grave por parte da empresa.
Impacto e próximos passos
Este caso poderá ter repercussões significativas no setor do comércio e serviços, uma vez que a decisão do Tribunal poderá estabelecer um precedente para situações semelhantes. O SITAM aguarda agora o desenrolar do processo legal e reforça o seu compromisso na defesa dos direitos das trabalhadoras.
A situação tem gerado um debate intenso sobre as condições de trabalho no setor do retalho em Portugal. Muitas trabalhadoras do Pingo Doce e de outras cadeias de supermercados têm manifestado apoio às ex-funcionárias, alertando para problemas recorrentes como jornadas exaustivas, salários baixos e falta de garantias laborais.
Reações e apoio sindical
O caso também chamou a atenção de outros sindicatos e organizações laborais, que demonstraram solidariedade para com as trabalhadoras afetadas. O SITAM afirmou que não descarta a possibilidade de recorrer a protestos e mobilizações caso a situação não seja resolvida de forma favorável.
Além do impacto social, a Jerónimo Martins pode enfrentar danos à sua reputação caso o Tribunal decida a favor das trabalhadoras. A empresa ainda não se pronunciou oficialmente sobre o processo, mas fontes internas indicam que pretende defender-se das acusações de despedimento sem justa causa.
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